sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Dissecando: The Hunger Games 3-Disc Deluxe Edition


E o dissecando de hoje vai para um dos filmes mais legais do ano e uma das melhores adaptações para o cinema dos últimos anos: Jogos Vorazes. Comprei a edição exclusiva da Target americana diretamente da Animazon, que entregou em pouco mais de 20 dias. Recomendo o site e recomendo a edição. Imagem, som e extras excelentes (pra quem não sabe, o blu-ray nacional tem a imagem mutilada e poucos extras) e a embalagem é de cair o queixo! Só não é melhor porque não vem com legendas nem áudio em português. Mas enfim, pra quem sabe inglês, isso não é problema, não é mesmo? Não vou me estender mais e vou deixar as fotos da edição para vocês babarem. Para vê-las em tamanho maior, é só clicar. Assim que terminar de ver os extras da edição (são dois discos só de extras), atualizo o post com um breve comentário sobre eles.
Happy Hunger Games, and may the odds be ever in your favor! ;)







segunda-feira, 10 de setembro de 2012

RUN! DISNEY GOT ZOMBIED!


Calma, calma, o apocalipse zumbi não começou e muito menos foi iniciado na Disney. Mas alguns ilustradores bem que gostariam que isso acontecesse. Se preparem para esquecer a visão clássica e meiga dos mais famosos contos de fadas da Disney e sentir um frio na espinha ao ver as famosas princesas, fadas e heroínas de nossas infâncias prontas para assustar até a mais corajosa das criancinhas!

As imagens abaixo são de autoria do ilustrador Jeffrey Thomas que, inclusive, tem ótimos desenhos em seu blog. ;)





















Já os desenhos abaixo são inspirados em zumbis e fazem das lindas princesas Disney verdadeiros monstros. A arte é do ilustrador tailandês Witit Karpkraikae (sério, quem conseguir falar em voz alta o nome desse cara ganha um beijo!).





E pra finalizar, também inspirado no estilo de arte zumbi do tailandês, trago os desenhos do ilustrador americano denominado "DeviN", que também "zumbificou" as princesas Disney.





Taí uma ideia que dava um bom filme: e se os contos de fadas da Disney fossem tomados por alguma maldição e se tornassem sombrios e macabros como essas artes? Ia ser interessante ver os príncipes caçando e dando headshot nessas belezinhas aí de cima... rsrs

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Malfeito Feito: Uma retrospectiva de Harry Potter



Olha só a minha surpresa: estou eu, de bobeira aproveitando a tarde de um feriado em minha casa quando um amigo me manda um link para ver um vídeo de Harry Potter. Não gosto muito de ficar vendo esses vídeos feitos por fãs. A maioria nem é tão bem feito assim ou mistura as imagens dos filmes com músicas pop/rock/indies. E eu ODEIO quando fazem isso. Mas ao olhar a duração de 13 minutos desse vídeo, me interessei. Uma retrospectiva merece um tempo maior, é claro. Dei uma chance. E me surpreendi.
O resultado é umas das mais bem feitas, emocionantes e belas retrospectivas da saga que eu já vi. Deixo aqui todos créditos para o autor do vídeo, o holandês Kees Van Dijkhuizen. Espero que gostem e se emocionem com o vídeo, assim como aconteceu comigo...

domingo, 5 de agosto de 2012

Os Vingadores: Crítica de fã para fã


No mundo do cinema é muito difícil encontrar Blockbusters que realmente tenham algo a mais para impressionar o público. Chegamos a um ponto da indústria cinematográfica em que os grandes filmes de ação e aventura não mais surpreendem o expectador, apelando cada vez mais para cenas e efeitos cada vez mais grandiosos, como uma grande competição para quem consegue fazer o filme mais artificial e caro do ano. O resultado de tamanha ânsia por lucros e números são filmes cada vez mais esperados, porém cada vez mais decepcionantes, com histórias mal contadas, roteiros execráveis e cenas de ação que não passam de cópias do que já foi feito anteriormente em filmes semelhantes. Porém, como tudo na vida, sempre há um ciclo, e de vez em quando, alguém consegue acertar na fórmula e finalmente surpreender quem estava cansado de se decepcionar. E Os Vingadores faz mais do que surpreender. Os Vingadores faz algo que só pode ser descrito com muito entusiasmo e animação. Portanto saibam desde já que Os Vingadores é sensacional!

Nunca fui leitor de quadrinhos, não por não gostar, mas por preguiça e por falta de incentivo durante a infância. Porém, como o bom nerd que me considero, adoro todos os universos e heróis presentes em suas páginas. Lembro quando Homem de Ferro chegou aos cinemas e Nick Furry apareceu no final do filme convidando Tony Stark para se juntar a um projeto. Depois O Incrível Hulk chegou às telonas e, para a minha surpresa, Stark apareceu no final do filme, falando sobre o mesmo projeto. A cena acabou e eu fiquei meio besta, sem entender se aquilo era uma piada ou coisa parecida. Mas não era. Aquilo era só o começo da jornada que nos traria até hoje, até o dia em que Os Vingadores se uniriam para tentar salvar a Terra de uma força maior. Meu maior medo quando anunciaram o projeto era que ele fosse feito da forma errada. Que os heróis não fossem muito bem explorados, que a história se resumisse apenas à pancadaria e cenas exageradas de lutas entre vilões e mocinhos. Mas felizmente, apesar de a jornada individual de cada vingador ter passado por altos e baixos, chegamos ao ápice dessa história, e ele não poderia ser mais épico.

A história do filme se desenrola a partir das consequências dos acontecimentos dos filmes individuais de cada herói (principalmente Thor e Capitão América), onde vemos Loki (irmão de Thor) vir à Terra em busca do Cubo Cósmico e com a intenção de iniciar uma guerra contra os humanos e, ao vencê-la, dominar o planeta. Nick Furry então vê a necessidade de convocar uma equipe de pessoas extraordinárias para recuperar o Cubo e impedir que Loki realize seus planos. É quando entra em cena a Viúva Negra, Gavião Arqueiro, Capitão América, Hulk, Homem de Ferro e Thor. Munidos de tantos protagonistas e figuras poderosas, seria muito fácil para os roteiristas e diretor se perder e acabar dando atenção maior para certos personagens, ofuscando outros. Mas em Os Vingadores nenhum herói sobrepõe o outro. Extremamente fiel à HQ em que a história foi baseada, o filme funciona literalmente como um deleite em termos de adaptação para quem é fã e conhecedor dos quadrinhos. Mérito dos roteiristas e do diretor Joss Whedon (que também colaborou no roteiro), que souberam explorar muito bem as várias tramas e personagens da história originalmente criada por Jack Kirby e Stan Lee. Joss usou sua experiência como diretor de séries de TV em Os Vingadores e deu certo. Acostumado a dirigir seriados onde o tempo em tela de vários personagens é balanceado, para dar atenção a todos, o diretor soube usar a balança também no longa. Nenhum personagem se torna coadjuvante. Todos são protagonistas e ainda sim, o filme flui com cada um tendo sua própria história e trama pessoal.

As piadas e alfinetadas de Tony Stark com seus colegas de equipe são constantes e é o ponto alto dos momentos menos tensos e movimentados do filme, quando ele insiste em perturbar o Capitão América ou Bruce Banner. Querendo ou não, o Homem de Ferro foi quem começou toda essa saga nos cinemas e é o grande elo de ligação entre os heróis que compõem a equipe. Até mesmo os personagens coadjuvantes do filme são importantes em certos momentos da história. O Dr. Selvig, que foi introduzido no universo dos Vingadores no filme de Thor, tem grande importância para o desenrolar dos acontecimentos e até mesmo o Agente Coulson, que foi criado exclusivamente para os cinemas, tem seu momento de mostrar sua verdadeira função em todo o universo dos Vingadores. Coulson é a representação indireta dos produtores, criadores e fãs na história. Ele é o propósito que fez tudo isso acontecer. Quem é fã sabe o quão impensável era, anos atrás, imaginar entrar em uma sala de cinema para assistir um filme onde vários heróis se uniriam para salvar o mundo. Ainda mais conhecendo a indústria traiçoeira e muitas vezes irritantemente injusta que é Hollywood.

Todas as pontas abertas nos filmes individuais dos heróis foram explicadas, mostrando que desde o começo os produtores e responsáveis pelo projeto tinham tudo planejado para culminar nesse filme. A história não é mostrada do ponto de vista de um herói específico. Basicamente se desenrola a partir das ações e decisões de Nick Furry dentro da S.H.I.E.L.D.. Vemos um pouco de como funciona a organização, seu conselho de pessoas anônimas, as decisões que precisam ser tomadas, os agentes e as instalações. Os Vingadores consegue ser um mash-up de histórias e personagens e ainda assim trazer elementos e tramas novas ao espectador. Conhecemos um pouco mais sobre a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro, que não tiveram filmes individuais, aparecendo apenas como participações nos filmes de Homem de Ferro e Thor, respectivamente. E nem por isso o filme deixa de ir um pouco mais ao fundo das histórias de, por exemplo, Bruce Banner (que não aparece nem é mencionado desde seu próprio filme), ou Steve Rogers que ainda sofre por ter perdido a mulher que amava e ter acordado em um mundo estranho para ele.

E por falar em pontas abertas, por favor, não saiam da sala antes do fim dos créditos. A história dos Vingadores ainda não acabou e, apesar de nem todos entenderem, a cena extra diz muito sobre o rumo que o universo Marvel vai tomar no futuro. Claro que ainda vai demorar, provavelmente teremos que ver continuações como Homem de Ferro 3, Capitão América 2, e até mesmo o possível filme do Homem Formiga que tanto tem sido especulado como a próxima aposta da Marvel.

Em termos técnicos, o filme é impecável. Todos os efeitos, cenas de ação, figurinos e tecnologia foram detalhados em tela e explorados de forma satisfatória. A cena épica e explosiva do clímax é muito bem dirigida, balanceando de forma muito positiva o foco da batalha, indo de um personagem ao outro sem deixar a linha narrativa confusa. Toda a ação individual tem consequências e ligação com o que está acontecendo ao seu redor e com os outros heróis. É tudo muito bem coreografado e arquitetado para não deixar o espectador “perdido” em nenhum momento, algo um pouco raro para filmes de destruição em massa semelhantes (Michael Bay é a prova viva disso). Mais interessante ainda é observar como o filme soube explorar o conhecimento dos fãs dos quadrinhos. É impossível não se empolgar ao ver o porta-aviões da S.H.I.E.L.D. decolando da água com toda a sua grandeza e tecnologia, ou com a Torre Stark, imponente e genial no centro de Manhattan ou mesmo ver todos os Vingadores lado a lado, quebrando tudo no meio de Nova York e prontos para enfrentar qualquer um ou qualquer coisa que aparecer para ameaçar o planeta.

O 3D, que era o que eu mais achei que ia me decepcionar, me surpreendeu e já na primeira cena me deixou de boca aberta quando personagens e objetos começaram a sair da tela sem nenhum tipo de distorção ou efeito forçado. Durante todo o filme a sensação de profundidade está presente e muitas vezes, principalmente no clímax, objetos, faíscas, estilhaços, personagens e grandes objetos são arremessados para fora da tela. A sensação de terceira dimensão é tão forte, que eu inconscientemente virava o rosto em algumas cenas, por puro reflexo, achando que algo ia sair da tela em minha direção. O efeito é discreto, mas funciona incrivelmente bem em todo o filme. Quanto à trilha sonora, eu normalmente não costumo me impressionar com as trilhas dos filmes dos heróis da Marvel, porém em os Vingadores a trilha se encaixa perfeitamente com as cenas, deixando tudo ainda mais épico. Alan Silvestri captou perfeitamente o clima tenso e grandioso do filme e fez uma trilha sonora à altura dos heróis que vemos em tela.

Algo que me chamou a atenção foi que, em nenhum filme individual dos Vingadores a figura de super-herói foi explorada. Em alguns, o termo nem ao menos é mencionado. Talvez o que mais tenha chegado próximo disso tenha sido Homem de Ferro. Porém, os filmes sempre foram focados na história dessas pessoas extraordinárias e não em seus atos heroicos. Thor era apenas o Deus que veio à Terra por causa do seu exílio e se apaixonou. Hulk era apenas um fugitivo do governo querendo viver em paz com seu “problema”. A Viúva Negra e o Gavião Arqueiro eram apenas os espiões treinados para matar. E o Homem de Ferro, bem, era apenas um gênio excêntrico, bilionário, playboy e filantropo que decidiu usar sua inteligência para algo maior. Porém em Os Vingadores, todos eles se tornam públicos, eles realmente se intitulam protetores da Terra e fazem de tudo para protegê-la. Vemos a mídia mostrando seus rostos, especulando seus paradeiros e identidades. Vemos as pessoas admirando e os odiando. Vemos as mocinhas indefesas com seus olhares apaixonados depois de serem salvas pelos heróis bonitões. Essas pessoas extraordinárias que foram apresentadas à nós se tornam os heróis que o mundo precisa. Alguns odeiam, outros amam e agradecem. Mas eles existem, e todos precisamos deles. E quando eu digo todos, eu me refiro a você que está lendo esse texto e a todos que foram ou vão assistir Os Vingadores no cinema. Eles podem não existir na vida real, mas eles nos trazem esperança, nos empolgam, e nos surpreendem. Nós precisamos deles. Precisamos de Vingadores.

Crítica publicada no dia 27 de abril de 2012 no site Disney Mania.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Christopher Nolan e o Batman


"Alfred. Gordon. Lucius. Bruce...Wayne. Nomes que vieram a significar tanto para mim. Hoje, faltam três semanas para que eu dê o adeus final a esses personagens e ao seu mundo. É o aniversário de nove anos do meu filho. Ele nasceu quando o Tumbler estava sendo montado na minha garagem a partir de diferentes partes de kits aleatórios. Muito tempo, muitas mudanças. Uma troca de cenários onde uma arma falsa e um helicóptero eram eventos extraordinários para dias de trabalho em que uma multidão de extras, demolições ou caos aéreo se tornaram familiares.

As pessoas me perguntam se eu sempre planejei uma trilogia. Isso é como perguntar se você planeja crescer, se casar, ter filhos. A resposta é complicada. Quando David e eu começamos a pensar na história de Bruce, flertamos com o que poderia vir depois e nos afastamos, sem querer olhar muito para o futuro. Eu não queria saber tudo o que Bruce não sabia. Eu queria viver com ele. Eu disse a David e Jonah para colocarem tudo o que sabiam em cada filme que fizemos. Todo o elenco e a equipe colocaram tudo o que tinham no primeiro filme. Nada foi contido. Nada foi guardado para a próxima vez. Eles construíram uma cidade inteira. Então Christian, Michael, Gary, Morgan, Liam e Cillian começaram a viver nela. Christian pegou um pedaço da vida de Bruce Wayne e a tornou completamente convincente. Ele nos levou a mente de um ícone pop e nunca nos deixou notar a natureza fantástica dos métodos de Bruce.

Nunca pensei que faríamos um segundo - quantas sequências boas existem? Por que rolar esses dados? Mas uma vez que sabia onde eu levaria Bruce, e quando comecei a ter ideias sobre o seu antagonista, se tornou essencial. Nós reunimos o time e retornamos para Gotham. A cidade mudou em três anos. Maior. Mais real. Mais moderna. E uma nova força de caos estava surgindo. O palhaço assustador definitivo, aterrorizantemente trazido à vida por Heath. Não guardamos nada, mas existiam coisas que não tínhamos como fazer no primeiro filme - um uniforme que fosse flexível no pescoço, filmar em Imax. E coisas que tínhamos medo de fazer - destruir o batmóvel, queimar o dinheiro do vilão para mostrar um completo descompromisso pelas motivações convencionais. Nós usamos a suposta segurança de uma sequência como uma licença para jogar a cautela de lado e seguir para as esquinas mais sombrias de Gotham.

Nunca pensei que faríamos um terceiro - existe alguma segunda sequência boa? Mas continuei pensando sobre o fim da jornada de Bruce e, uma vez que David e eu o descobrimos, eu precisava ver por mim mesmo. Nós voltamos para o que nós mal tínhamos coragem de sussurrar naquele começo na minha garagem. Nós estivemos planejando uma trilogia. Eu chamei a todos para mais um tour por Gotham. Quatro anos depois, ainda estava lá. Até parecia um pouco mais limpa, um pouco mais polida. A mansão Wayne fora reconstruída. Rostos familiares retornaram - um pouco mais velhos, um pouco mais sábios...Mas nem tudo era o que parecia.

Gotham estava apodrecendo nas suas fundações. Um novo mal borbulhando por baixo. Bruce pensou que Batman não era mais necessário, mas Bruce estava errado, assim como eu. Batman precisava voltar. Suponho que ele sempre precisará.

Michael, Morgan, Gary, Cillian, Liam, Heath, Christian...Bale. Nomes que vieram a significar tanto para mim. Meu tempo em Gotham, procurando por uma das figuras mais duradouras da cultura pop, tem sido uma das mais desafiadoras e recompensadoras experiências que um cineasta pode esperar ter. Eu vou sentir falta de Batman. Gosto de pensar que ele sentiria minha falta, mas ele nunca foi particularmente sentimental."

- Christopher Nolan

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge



Depois de assistir Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, é difícil encontrar palavras para descrever esse filme. Esqueça tudo o que você viu anteriormente. Esqueça os filmes anteriores do Batman, esqueça qualquer filme de super-herói ou fã filme. TDKR é maior do que tudo isso. NINGUÉM está preparado para o espetáculo cinematográfico que é esse filme. NINGUÉM. Nolan se superou e trouxe para o público aquele que eu considero ser o seu melhor filme. Direção afiadíssima, as cenas de ação, tensão, humor, e drama se intercalam numa montanha-russa de sentimentos muito mais intensa do que a do filme antecessor do homem-morcego. A trilha sonora de Hans Zimmer dispensa comentários, tamanha sua epicidade e qualidade. Sem falar no elenco, altamente competente, sem tirar nem pôr. Todos têm seu momento de brilhar na trama. Bane superou todos os vilões da trilogia com uma interpretação assustadora do Tom Hardy para uma mente doentia e quebrada. Você achava o Coringa um louco? Se prepare para um outro nível de insanidade com Bane. Anne Heathaway está indescritível como a Mulher- Gato. Sério, ela rouba todas as cenas em que aparece e tira o fôlego dos espectadores quando sobe na moto do Batman. Marion... bem, dispensa comentários... rsrs
É difícil falar sobre esse filme sem soltar spoilers, então vou me ater a esses breves comentários. O que posso dizer é que se você ainda não viu O Cavaleiro das Trevas Ressurge, corra pro cinema antes que as surpresas do filme cheguem ao seu ouvido primeiro. Acredite, são muitas. Esse filme merece ser visto o mais rápido possível. Filme do ano? Sem dúvidas. Fechou a trilogia com chave de ouro? Sem sombra de dúvidas. TDKR já é um dos meus filmes favoritos e vai demorar para algum outro chegar perto de superá-lo. Parabéns Nolan. E obrigado pela trilogia épica que você fez. Gotham não esquecerá...


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Clássicos na Crítica: A Bela e a Fera


"Quero viver num mundo bem mais amplo
Com coisas lindas para ver
E o que o mais desejo ter
É alguém pra me entender
Tenho tantas coisas pra fazer..."

De todos os memoráveis e incríveis clássicos Disney, A Bela e a Fera (lançado originalmente em 1991 nos Estados Unidos) talvez seja o que mais tenha conquistado o público em massa. Com o honroso título de primeira animação a ser nomeada ao Oscar de Melhor Filme e muitas outras indicações e prêmios na bagagem (incluindo o Oscar de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original), a trigésima animação dos estúdios Disney cativou desde a mais inocente criança até o adulto mais durão. Com seu conto de fadas romântico, seus personagens e músicas cativantes e, principalmente, sua mensagem tocante, A Bela e a Fera foi feito para ser um clássico e não foi à toa que a Disney o trouxe de volta aos cinemas, agora em 3D. O que é bom é para ser mostrado, e estava mais do que na hora da nova geração apreciar esse magnífico conto de fadas em sua mais famosa e bela versão.

O filme é baseado no tradicional conto francês, cuja mais famosa versão foi escrita pela Madame Jeanne-Marie LePrince de Beaumont. A estória já foi adaptada, encenada e filmada inúmeras vezes e muitas versões diferentes do conto original existem em todo o mundo, sempre se adaptando a diferentes culturas e sociedades. O clássico da Disney é uma adaptação muito próxima do conto original. A trama se passa na França renascentista, onde um príncipe arrogante e mimado despreza uma velha mendiga em uma gélida noite de inverno. Cercado por seus fiéis criados, o príncipe nega abrigo à senhora em troca de uma singela rosa. A velha o aconselha a não se deixar enganar pelas aparências, mas o arrogante jovem, enojado por sua feiura, volta a expulsá-la. A mendiga então se transforma em uma bela feiticeira. O príncipe tenta pedir perdão, mas a feiticeira não o perdoa, pois vê que não existe amor em seu coração. Ela amaldiçoa o castelo e todos que vivem nele. O príncipe então assume a forma de uma horrível fera e se confina no sombrio castelo, tendo apenas um espelho mágico como sua janela para o mundo exterior. A rosa oferecida pela feiticeira é mágica e floresceria até o 21º aniversário do príncipe. Caso ele não amasse e fosse correspondido até essa data, o feitiço jamais se quebraria e tanto ele quanto todo o castelo permaneceriam sob aquela maldição para sempre.

Dez anos depois, o pai de uma jovem chamada Bela se perde e invade o castelo da Fera em busca de abrigo. A Fera, em sua fúria, o aprisiona. Bela, desesperada, oferece sua prisão em troca da liberdade do pai. A Fera aceita e a presença de Bela no castelo traz esperança a todos os amaldiçoados, porém simpáticos, habitantes do castelo, pois a rosa mágica está cada vez mais murcha e Bela pode ser a moça que vai trazer amor ao coração do príncipe arrogante, libertando todos da terrível maldição. Mal sabem eles que todo esse clima de romance pode ser destruído por outro jovem arrogante chamado Gaston, que vai fazer de tudo para ter Bela como sua esposa, quer ela queira ou não. É a fórmula perfeita de um típico conto de fadas Disney.

O que mais encanta em A Bela e a Fera é a forma como toda a história segue uma estrutura extremamente típica de um musical da Broadway. As músicas servem para apresentar personagens, mas ao mesmo tempo servem como cenas completas, misturando diálogos com música de forma sublime. Na época do lançamento do filme, o New York Times disse que "A Bela e a Fera é o melhor musical da Broadway que não está na Broadway, e sim nas telas do cinema, em forma de animação". Isso é muito visível na música de abertura, "Bela", que apresenta a protagonista aos olhos do povo do vilarejo em que ela vive. Confesso que é uma das minhas cenas favoritas, não só pela música quanto por toda a montagem. Como disse, lembra muito o estilo da Broadway, com vários vocais, coros e interação através de diálogos.

Outra cena nesse estilo é a música "Gaston", que não só caracteriza o vilão, mas também é usada para mostrar seu plano para se casar com Bela. Abro um espaço aqui para dizer que Gaston é um dos vilões que eu menos gosto. Acho-o extremamente irritante com aquela voz de tenor, e ainda mais irritante por ser tão ridículo que nem porte de vilão ele tem. Pelo contrário, parece um playboy da época da renascença, preocupado apenas em "pegar" a garota da vez. A diferença de comportamento e de atitude de Gaston para um vilão como Scar ou Jafar, por exemplo, é gritante!  Ainda mais irritante é seu ajudante LeFou, que serve basicamente pra se bater em tudo, e ser o alívio cômico do vilão. Cadê a genialidade humorística de um ajudante vilanesco do porte de Iago ou das Ienas? Portanto, não é surpresa eu também não gostar muito da música"Gaston". Não por não ser boa, mas por eu não simpatizar o suficiente com o personagem para tal. Enfim, voltemos à programação normal...

Em A Bela e a Fera, nenhuma música é considerada desnecessária. Elas estão ali exatamente para contar uma parte importante da história, mérito dos autores Howard Ashman e Alan Menken. "Alguma coisa acontecer" foi criada exatamente para mostrar o lento processo de mudança de caráter e personalidade da Fera através de sua convivência com a Bela. "A Canção da Multidão" (muito parecida com a canção "Bárbaros", de Pocahontas) funciona para criar a tensão e o clima da batalha entre o povo da vila e os habitantes do castelo, enquanto Gaston invade o castelo da Fera. Você pode até pensar: Ah, mas "Seja Nossa Convidada" não avança em nada a história, só serve pra deixar o filme mais bonito e divertido, certo?

Errado. Repare a letra da música e você vai notar que ela diverte e traz o número musical visualmente mais trabalhado do filme, mas também mostra a felicidade e animação dos criados do castelo de, após tantos anos, poderem servir um convidado e ter esperança novamente. E claro, não posso deixar de falar da cena mais famosa do clássico, quando o casal protagonista dança no grande do salão do castelo ao som da música que recebe o nome do filme. "A Bela e a Fera" traz o clima perfeito de romance à cena, pois a própria letra da música retrata de forma singela toda a história e trajetória do casal. A genialidade musical do filme é óbvia, e não foi por menos que, anos depois, a história chegou realmente à Broadway com músicas e letras de Alan Menken, Howard Ashman e Tim Rice, e se tornou um dos musicais de maiores sucesso da Broadway.

Outro ponto que me chama muito a atenção no filme são seus personagens. Impossível não se apaixonar pela doçura e personalidade de Bela, muito a frente do seu tempo, com pensamentos feministas e atitude oposta a das mulheres da época. Volto a ressaltar, nesse texto, que esse tipo de princesa Disney passou a ser o padrão nos anos 90. Foi assim com Bela, Mulan, Pocahontas, Nala, e outras. Vista como uma esquisita, filha de um inventor e sempre lendo livros, toda a aldeia fala pelas costas de Bela, porém nem o mais preconceituoso homem da aldeia deixa de suspirar quando passa por ela. Seu nome faz jus à sua beleza (em minha opinião, é uma das princesas mais lindas) e seu jeito meigo e educado conquista até o homem mais durão. Já a Fera possui um temperamento extremamente explosivo. Após anos enclausurado num castelo sombrio e vendo-se preso no corpo de um monstro, sua raiva e mágoa é compreensível.

É divertido vê-lo tentar entender que seu humor precisa mudar para conquistar Bela. Se na primeira parte do filme sua postura é assustadora para o espectador, a partir do momento em que Bela chega ao castelo, podemos ver pouco a pouco que existe um homem magoado dentro dele. Um homem que está tentando aprender uma lição e mudar os seus sentimentos. Uma comparação que pode ser feita é o modo como tanto Bela quanto a Fera são vistos pelas outras pessoas: Bela é a esquisita por causa de seu jeito, e Fera é visto como um monstro por causa de sua aparência. Ambos estão fora do padrão e por isso se completam e se identificam um com o outro ao longo da história. Além do casal de protagonistas, temos ainda os ótimos coadjuvantes, como Maurice, o adorável pai de Bela; Lumiére, o castiçal e mordomo chefe do castelo; Horloge, o relógio e também mordomo do castelo; Madame Samová, o bule e governanta do príncipe; e Zip, o filho de Madame Samová, em formato de xícara e que rouba todas as cenas com sua fofura. O castelo tem inúmeros personagens em forma dos mais variados móveis, objetos e talheres, e mesmo assim todos eles são explorados de forma satisfatória ao longo do filme.

A qualidade da animação é inquestionável. A Bela e a Fera foi um filme pioneiro no uso da animação 2D mesclada com o CGI em 3D através dos cenários. Tal técnica favoreceu ainda mais a conversão do filme para o 3D. A sensação de profundidade é sentida em todo o filme e faz a experiência de espectador ser ainda mais prazerosa, inserindo ainda mais o público na história. Até as cenas mais simples têm uma incrível e linda sensação de profundidade que só o 3D pode proporcionar. Vide a primeira cena do filme, onde vemos o castelo do príncipe de longe, com uma visão da floresta ou quando a câmera voa pelo salão do castelo enquanto o casal dança.

As cores, fortes e chamativas, de muitas cenas do filme estão tão exaltadas como em um Blu-ray (apesar de os óculos 3D diminuírem um pouco essa sensação), mostrando como toda a animação funciona bem na tela grande. Eu, particularmente, adoro os traços de A Bela e a Fera. Toda a forma como o filme é idealizado combina perfeitamente com o clima renascentista da história, fazendo muitas cenas parecerem verdadeiros quadros de pintores famosos. Se você é fã desse clássico, você está intimado a ir apreciá-lo nos cinemas. Vale muito a pena pela experiência inesquecível.

A Bela e a Fera não esteve muito presente na minha infância. Assisti poucas vezes quando pequeno e só voltei a vê-lo já adulto, com o lançamento em Blu-ray. Apesar disso, é um clássico que gosto muito e que, agora que já posso interpretá-lo melhor, vejo ser um filme muito humano. Apesar de todo seu lado fantasioso, a história é retratada de forma muito simples, mas ao mesmo tempo tocante. O romance entre Bela e a Fera é retratado quase como uma comédia romântica, mostrando as partes engraçadas e também mais sérias do relacionamento dos dois.

Vemos os dois brincando na neve e até na hora do jantar. Mas também vemos cenas singelas, como a que Bela mostra à Fera que os pássaros não existem ali para atrapalhar sua vida e que ele pode tê-los como amigos, é só ter paciência. Ou quando a Fera mostra a biblioteca para a Bela e "dá" todo o aposento a ela como um presente. Se, no começo, Bela apenas vê um monstro na forma de Fera e ele só enxerga uma jovem belíssima, depois que eles se conhecem, ela se apaixona pelo homem dentro do monstro, e ele, pela doçura em forma de beleza.

Essa relação interna entre os dois é retratada de forma lindíssima através do olhar. Notem como os olhos deles são grandes e expressivos. A primeira vez que vemos o príncipe em sua forma humana é através daquele quadro que ele rasga depois de sua transformação. E também é assim que Bela o vê pela primeira vez em forma humana. E, apesar de isso não estar claro no filme, a primeira coisa que ela nota é como os olhos dele se mantiveram os mesmos depois da transformação. É o sinal de que o homem ainda vive ali dentro, de que ele pode mudar. E após a quebra da maldição, essa também é a primeira coisa que Bela nota no príncipe. Ele mudou, mas os olhos da fera ainda estão no rosto daquele homem. Ambos continuam a mesma pessoa. No final, A Bela e a Fera é sobre sentimentos. Paradoxais, opostos, idênticos, românticos, loucos, arrogantes, doces. Mas são sentimentos. E sentimentos são fáceis de mudar, já dizia a canção...

"Sentimentos vêm
Para nos trazer
Novas sensações
Doces emoções
E um novo prazer
E numa estação
Como a primavera
Sentimentos são
Como uma canção
Para a Bela e a Fera..."

Crítica publicada no dia 09 de fevereiro de 2012 no site Disney Mania.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

[ENCERRADA] PROMOÇÃO Livro A Esperança


Bom, faz tempo que não posto nada por aqui. Muita coisa acontecendo e mudando na minha vida e to meio sem tempo, mas resolvi fazer a primeira promoção do meu blog. Para quem gosta de ler, é muito simples participar!
Esse ano fui apresentado a uma trilogia simplesmente sensacional: Jogos Vorazes, da Suzanne Collins. Eu li o primeiro livro em menos de 24 horas, de tão bom, surpreendente e viciante que é. A partir daí, foi só expectativa para ler as sequências, que são ainda mais geniais. Não vou perder tempo contando a história do livro aqui, só recomendo com todo fervor afirmando que foi a melhor série que li depois de Harry Potter e Fronteiras do Universo. #ficadica
E pra quem tem preguiça de ler, saibam que Jogos Vorazes vai chegar aos cinemas em março. Assistam para sentir ainda mais vontade de ler a série! O trailer está aqui:


Mas a promoção não é sobre o filme Jogos Vorazes. É sobre A Esperança, o terceiro e último volume da trilogia. Eu vou sortear um exemplar de A Esperança para vocês, e para participar é muitíssimo simples. Basta me seguir no twitter (@Felipe_Andrade) e tweetar a seguinte frase até o dia 25 de fevereiro:

Eu sigo o @Felipe_Andrade e concorro a um exemplar de A Esperança, último livro da trilogia Jogos Vorazes. Concorra! http://kingo.to/YMq

Simples, né? Repito que para concorrer é necessário tanto me seguir no Twitter quanto dar RT nessa mensagem. Não esqueçam de botar o link certinho! É ele que vai valer na hora do sorteio. Fora isso, boa sorte a todos!

May the odds be ever in your favor!


[ATUALIZADO]

Promoção encerrada! O vencedor foi o usuário Matheus Linhares (@matlinhares). O sorteio foi feito através do site sorteie.me. Para ver o resultado do sorteio, pode clicar aqui.